Notícias de Botequim

Um blog com notícias de desabafo e descarrego, postagens trivias e patéticas, indignações e ironias...

terça-feira, 28 de abril de 2009

Jair Rodrigues cantando...

Eiiiiita homi bão sô!
Época do verdadeiro Movimento da Música Popular Brasileira inteligente, poética, bonita!
Que inveja de não ter ido a Festivais como este!
Para conhecimento lá vai a letra de Disparada, interpretada maravilhosamente pelo cantô mais bem humorado de todos os tempos, Jairzão! =)
Disparada
Composição: Geraldo Vandré e Theo de Barros
Prepare o seu coração prás coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo
Estava fora de lugar, eu vivo pra consertar
Na boiada já fui boi, mas um dia me montei
Não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu
Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente, pela vida segurei
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando
As visões se clareando, até que um dia acordei
Então não pude seguir valente em lugar tenente
E dono de gado e gente, porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente
Se você não concordar não posso me desculpar
Não canto pra enganar, vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar
Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe que eu
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei

sábado, 23 de agosto de 2008

Frase do herói.

Acredito ser a mais simplista e menos também, na maioria das vezes, sou um misto de tudo e de mim mesma que não tem definição exata, penso que todo ser HUMANO é assim, um misto de tudo que forma um nada peculiar e único... Porém, eu pude e posso conviver e extrair a seiva da pessoa mais importante pelos laços e pelos caminhos parecidos, dúvidas iguais, gênio ruim que é o meu pai, e uma das coisas mais imporantes que ele me ensinou e não se cansa de repetir é que:É dever moral você ser honesto, isso se inicia como ato de respeito com nós mesmos e este ato transborda e transparace à todas as almas honestas no mundo, é uma identidade comum, nos reconhecemos.
Este cara é o cara, é meu cara!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Filmes da semana!

A internet é um mundo não é mesmo minha gente?! Eita invenção boa da bixiga!!! rs! Pra ser melhor deveríamos passar por uma Revolução Digital, expulsar a Telefônica daqui e todos usarem Linux, pelo que eu entendi da explicação do meu querido amigo MC Guilherme Guilherme e da Wikipédia é a LIBERTAÇÃO INTERNAUTA/NÉTICA e a falência da Microsoft! Yeeeeeeeeeeeeaaaaaaaaaaaaaah!
Férias, eu aqui na inércia total, acesso com freqüência ( SIM AO TREMA) a tal da internet e descobri e recebi links com sites de downloads de filmes, séries e blá blá blá!
Assisti a alguns que precisam ser comentados, uns da moda, outros não!
Começarei com Constantine, com o belo Keanu Reeves, que filme é aquele?!
Hilário, ri tanto quanto quando escuto Mundo animal dos Mamonas Assassinas...Que palhaçada! Ótimos efeitos especiais e roteiro zero!
A diferença do John Constantine para o Jack de Velocidade Máxima é que ao invés de dirigir um ônibus, desarmar uma bomba e beijar a Sandra Bullock tudo isso simultaneamente, em Constantine, ele fuma, mata demônios e não pega a Rachel Weisz (que teve a coragem de desonrar a espécie feminina aceitando este papel), ou seja, a galera fica na expectativa louca de um bjo de fundo, banhado de um romancezinho num filme de aventura?!
Maaaaaaaaaaaaas, ele não beija! Rá!
A parte mais hilária é o encontro de John Constantine ("o exorcista") e Lou(cifer), para tentar salvar a alma de Dodson(Rachel Weisz), ele consegue e, quando sua alma está seguindo o caminho da luz, Lúcifer se irrita puxando-o de volta para lhe dar mais uma chance de vida, para que ele peque e prove que sua alma é pertencente ao Inferno e não aos Céus, porém, Constantine está com os dias contatos ao descobrir que está novamente com câncer no pulmão causado pelo cigarro e desta vez é fatal, sendo assim, O COISA RUIM o segura com suas garras e ARRANCA OS NÓDULOS, caroços dos pulmões de John...
No entanto nada supera o final, depois da despedida dele com Dodson SEM BEIJO, no terraço de seu prédio, ela se vai e ele se volta para a grande Nova York, mexe no bolso como se fosse acender um cigarro, e ele leva à boca um chiclete!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...
Não sei qualé e qual foi a deste "filme", é mais um incentivo aos fumantes de pararem com seus vícios de maneira consciente e daí o patrocinador do filme é uma grande coorporação de convênios médicos que garantem o tratamento e ajudam a PARAR DE FUMAR FUMANDO ou, é total psicologia reversa e maléfica para os fumantes continuarem fumando e aumentarem o consumo através de mensagem subliminares sendo os patrocinadores a Sousa Cruz, Philip Morris do que um real filme de aventura histórica...
Trash, este vai para a lista dos filmes mais hilários e toscos que eu já vi!
Pros nerds que gostam de efeitos especiais até que passa!
Vamos para o TOP deste mês, SEX and the CITY, a única coisa que vale a pena é a beleza das 4, principalmente da Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), desfilando com belíssimas roupas super faturadas, porém, LINDAS e GLAMOUROSAS, no belo cenário da cidade de NY!
Mulheres independentes?!
Não, nem a própria Samantha, que no final larga o garotão gostoso de 20 e poucos anos para seguir o caminho que lhe convir sem "depender" diretamente de uma outra pessoa é independente, no entanto, ela consegue dar uma salvadinha na mensagem e não deixa de todo a bola cair, a bola das maníaco-depressivas que curtem essas piriguetes de mais de meia-idade frustradas e consumistas ao extremo...Por favor, que palhaçada este filme!
Só as cenas de nudez de um latino ninfomaníaco conseguem dar brilho a este grande COCÔ que está em cartaz nos Cinemarks e eu vi de graça na internet!
Vestida para Casar tá uma comédia romântica surreal, como toda as outras na sua maioria, com uma trilha sonora legal e uma atriz ótima Katherine Heigl ( Izzie da série Grey´s Anatomy), foge do comum, não temos biscates como em Sex and the City, em busca de grandes amores, temos aqui uma garota comum e responsável que se apiaxona pelo cara certo!
É clichezasso, porém, é bonitinho e indicado para um domingo à tarde, vale umas risadas!
Agora o que vai para a lista dos bons, Doutor Jhivago, fala sobre a Revolução Russa que acaba sendo o pano de fundo para a história de um triângulo amoroso! É bem russo, dramático, gélido, poético, é fantástico!
Este vai para a lista dos muito bons!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Notícias de uma guerra particular (no Estado do Rio de Janeiro) e Morro Santa Marta.

Que Tropa de Elite que nada! Para realmente entender o que acontece nos morros do Rio é essencial assistir a este dois filmes.
Com Notícias de uma guerra particular (realizado por João Moreira Salles, Kátia Lund e apoio de Walter Salles) temos depoimentos das três partes envolvidas: civis (moradores das favelas), a polícia e os traficantes ou trabalhadores do tráfico, o que faz do filme menos tendencioso possível e o torna balanceado, remetendo assim aos que assistem uma constante de deja vu, porque com toda certeza muitos de nós já ouvimos os argumentos usados pelos personagens reais que integram o documentário, produzidas em conversas informais de conhecidos ou declarações oficiais dos governantes, da própria polícia. Com Morro Santa Marta de Eduardo Coutinho gravado em 1987/88 acompanhamos o dia-a-dia destes moradores na tentativa de humanizar e demonstrar que a vida dos civis segue na busca pela dignidade e alegria.
Farei uma resenha crítica sobre o conteúdo, usando recheios meus em ordem cronológica, para melhor compreensão dos caros leitores!
Iniciarei falando sobre o acontecimento massivo da migração para as grandes cidades no processo de industrialização forçada e abrupta pelo qual o Brasil e as cidades grandes passaram com marco na década de 70 chamado de Milagre Econômico, quando o Brasil era a 8ª economia mundial, marcado por um grande crescimento econômico do PIB e PIB per capta, porém, com o aumento da concentração de renda justificado pela velha história do crescer e depois distribuir o bolo, elaborada pelo grande “intelectual” Delfim Neto, da qual o governo fez bastante uso e proveito! Não só dela, mas, outras tantas teorias e modelos que posteriormente mostraram-se errôneas.
O que aconteceu? Com a industrialização e a não realização de políticas agrícolas e reforma agrária para melhorar as condições de vida e trabalho da população rural, este contingente migra para as cidades em busca de trabalho, no entanto, a economia não consegue enxugar o número exagerado de trabalhadores, pois há uma demanda maior que a oferta de trabalho, causando também a diminuição dos salários base, reflexo este que podemos observar até hoje. Pois bem, estes desempregados ou subempregados não têm condições de alojarem-se próximos aos grandes centros pelo custo maior que é atribuído, a saída é a procura por lugares mais afastados, de preferência, por terras sem donos. Começa então a ocupação de terras irregulares localizadas na periferia destes grandes centros. Com este inchaço nas cidades causado pelo êxodo massivo, aumenta o número de famílias e pessoas requerendo seu espaço, gerando o crescimento desordenado das cidades e o que há tempos chamamos de favela, e o governo que mais uma vez não realizou regulamentação e regulação, nem políticas sociais para findar o problema.
Ou seja, com segurança podemos falar que esta é a raiz e, uma das explicações consistentes para a formação das favelas, nos ajudando a acabar com o mito de que quem a habita são só os ladrões.
Pulemos já para o regime militar que na fase citada anteriormente já vigorava no nosso país. Na maioria, os presos políticos eram aqueles envolvidos em movimentos de insurgência ao governo, os opositores e também, os laranjas, os que eram só o vizinho, a mãe, o entregador de jornal, o pai, o tio, o amigo, do realmente “revolucionário” em questão. Na época, estes (revolucionários e laranjas) representavam mais perigo e maior importância em serem pegos e presos dos que os estupradores e assassinos. Acredito que deveriam ser presos em maior quantidade dos que os realmente criminosos.
Para acabar com “os problemas”, uma das táticas era a de misturar os presos políticos com os presos comuns, na expectativa dos primeiros serem mortos pelos segundos lá mesmo.
O que aconteceu foi exatamente o contrário, houve a “doutrinação” dos presos comuns pelos presos políticos, na forma de semear as causas e lutas políticas adaptadas para a realidade dos presos comuns. Estes conseguiram ter contato e o mínimo de orientação para construir uma organização fundamentada e assim segundo o Gordo, um dos traficantes que dá seu depoimento no documentário, nasce o Comando Vermelho com o lema de paz, justiça e liberdade. Afim de “tapar os buracos do governo” expressão usada por ele. Podendo ser esta também, uma das explicações para o termo usado: crime organizado.
No início, pelo que pude perceber no documentário, os grandes traficantes eram respeitados e comandavam os morros mesmo estando presos, porém, lá fora, formavam-se filas de jovens para a substituição destes “chefes”, jovens (sem formação, sem acesso a educação) com ímpeto mais violento e, sedentos pelo status de traficante, criando dentro da favela um respeito maior e uma posição mais importante, alimentando o orgulho destes jovens que se firmam nestas comunidades, que são enxergados pelo seu valor real, não conseguindo o mesmo reconhecimento fora sendo um “profissional” comum, ocupando cargos geralmente de base.
A formação dos organizadores é primária, o que resulta no descontrole e no caos que podemos acompanhar todos os dias na televisão, fugindo assim, dos princípios elaborados pelos traficantes presos em Ilha Grande no RJ na época da ditadura militar com o Comando Vermelho, ou seja, só ficou o título, porque não existe crime organizado e sim, uma guerra particular, como o soldado do próprio BOPE coloca. Uma guerra entre policiais e traficantes. Pode-se até dizer que uma máquina geradora de empregos de ambos os lados. Uma outra colocação interessante que o mesmo soldado faz é que, o único seguimento do Estado que sobe o morro é a polícia, (o documentário é banhado de declarações como esta, o que o enriquece muito, parecem análises de cientistas políticos e sociólogos, mas, feitos por pessoas comuns, muitas vezes sem muita informação, o que nos surpreende) infelizmente esta é uma verdade, já ouvi casos verídicos de moradores dos morros em situações emergenciais que ligaram para o resgate e eles informaram que a ambulância não subiria até lá, que o enfermo deveria descer até o pé do morro... E toda a carência explícita só comprova como estas áreas são abandonadas e verdadeiramente bolsões de exclusão total.
Um dos pontos altos do filme são todas as declarações de um delegado do Rio que desmente, porém, fez parte do MR8 na ditadura militar. Ele fala sobre a força e finalidade da polícia, sendo ela um instrumento de repressão para a proteção da elite que é uma minoria no nosso país, e, que foi criada justamente para isso, e que enquanto a polícia atender aos interesses destes e não da massa e com a ajuda da massa, continuaremos a assistir os massacres diários. Que não há porque requerer um outro comportamento da polícia se esta é sua função, a de repreender e oprimir. Diz que o papel da polícia é garantir a segurança de uma sociedade injusta, dessa nossa sociedade! Discute sobre os problemas de corrupção e do acesso ao poder que alguns têm, sendo privilegiados e impedidos de serem punidos pela lei. Esse é o cara mais contraditório e revelador do documentário, ele sofreu as atitudes agressoras da polícia e fez parte da comissão de frente da mesma, anos mais tarde. Depois de meses que o documentário foi ao ar ele se candidatou a vereador pelo PT. Uma figura e tanto!
Pelas colocações dos membros da polícia percebem-se eles como simples instrumentos, chegando até ser mecanizados, trabalhadores comuns, como os operários de fábricas que apertam o gatilho com a mesma facilidade do apertador de parafusos. Fazendo deles tão vítimas quanto civis e traficantes que habitam os morros.
Um dos fatos chamativos é sobre a democratização das drogas comentada por Paulo Lins, o autor do livro Cidade de Deus. Ele conta que antes só os ricos usavam maconha, depois os pobres, que em 1985 começa o processo de democratização e acesso a cocaína, novamente gradual, primeiro os ricos e depois os pobres. Da ênfase para a situação nas favelas, antes, nem os traficantes usavam, só vendiam, essa situação muda na segunda metade da década de 80. Sabemos que quem mantém o tráfico é a própria elite que com a mesma facilidade que negocia seus luxos, exige a limpeza da sujeira e violência que a mesma causa e sofre. Situação dual não? O fluxo do comércio das drogas é estatisticamente comprovado sendo maior nos finais de semana, e é o principal alicerce da manutenção do negócio. Quem seriam os compradores? A playboizada que precisa de um bagulho pra curtir melhor a balada com a galera, os profissionais liberais respeitados como os médicos e policiais que para agüentar a jornada de trabalho usam um pozinho para dar um gás e segurar o tranco, a galera pobre sem instrução que almeja a vida das bonitonas e bonitões da novela das 9h., vivendo um conto de fadas de mentira, que vai na onda da moda de quem dita, têm aqueles que usam para fugir da dura realidade, enfim, motivos e casos nunca faltarão!
Todas as cenas são muito marcantes, tem a cena clichê e por vezes já vista sobre o armamento semelhante e até mais avançado dos traficantes em relação à polícia. Cenas com infratores na FEBEM. A que mais me chocou foi uma cena numa Casa/Escola chamada João Luís Alves para infratores ATÉ 12 anos, CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS DE IDADE, frutos do próprio morro, parte das gerações nascidas lá, com suas vidinhas já pré-destinadas e sem escolhas (vide post Nascidos em Bordéis). Fabricamos assassinos, assaltantes, traficantes mirins e toda a sociedade é contribuinte, depois o alarde é voltado para fora com os garotos-bombas no Oriente Médio! Quanta hipocrisia e cegueira meu povo!
A cena final é genial, é um fundo branco que começa a ser preenchido com os nomes e data de nascimento e morte de traficantes, civis e policiais mortos nos morros.
O tráfico não substitui o Estado, mas, ainda sim, é mais eficiente em certos aspectos para a população civil do que a polícia e os outros braços estatais, isso é fato indiscutível.
O BOPE pode ser sim uma das divisões e grupos da polícia melhor treinados, no entanto, bem treinados para matar, para descumprir os direitos humanos, para treinamento prévio em situações futuras de guerras externas. Um grupo que assim como outros, é composto por membros honestos, íntegros, mas, jamais pode ser visto com a eficiência, transparência, do modo infalível como percebi em Tropa de Elite do José Padilha e como a mídia nos empurra a todo o momento com o único objetivo de justificar as ações tomadas pelo Estado e segurança geral em detrimento dos direitos fundamentais de uma parcela dos homens.
Este documentário é obrigatório, abrange todos os envolvidos e relata apenas as histórias contadas por eles, de quem vive e observa este cotidiano de perto, são os relatos dos seus pontos de vista mostrando a vida e a história do tráfico, do Rio, do Brasil, de trabalhadores marginalizados, pessoas comuns, da denúncia deste sistema que aplicamos como ideal e é tão pecador num rolo de filme com umas 2h. de duração.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Agora a mais nova moda é o anarkofunk! Você desce até o chão e dá um grau nos miolos!

Com muito prazer posto a letra mais criativa, dançante e inteligente da Música Popular Brasileira, (da realmente MPB) dos últimos tempos!
Mais uma vez, com muita honra e, todos os direitos autorais reservados, apresento Mc Guilherme Guilherme, um compositor nato e potencial!
Em breve venda de CD´s nas entradas das estações de trem do ABCDMR! rs!
E visitem o blog dele, é garantia de tempo muito bem gasto: http://pensamentosdeharoldo.blogspot.com/

Mc Guilherme² - O movimento (capitalista) é sexy

Me suga, me explora
me chama de empregado
o capitalismo é mesmo sexy
mais sensual que a dança do quadrado

Levanto cedo, volto tarde

não tenho aumento, tomo esporro
olha a sina capitalista
além de sexy, é sadomasoquista!

Desço a lenha no meu chefe

filho da puta, folgado
mas o que me faria ter orgasmos múltiplos
é ser igual o desgraçado

Esse é o fetiche da minha vida

ai como eu ía adorá
ter o status de chefe,
melhor que ménage à trois!


(E a galera vai ao delííííííííííííírio!)

Fechô preiboi, arrazô!

Parabéns Cumpadi!

=)

Cumadi.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Além mar, além terra, além racional, além do além da embriaguez.

São poucos os momentos que sinto verdadeiramente que viver, e só o fato de viver é grandioso...
Hoje, lendo algo sobre a vida de Paulo Freire percebi no íntimo que o espaço para sonhos e idealizações é infinito...
Senti, como pouquíssimas vezes tenho o privilégio de sentir, como é “levitador” a sensação da esperança e do amor coletivo.
Não faz sentido na minha percepção viver sem transformar, sem que necessite ser explícito que a bondade das ações deva prevalecer.
Deveríamos ter esta percepção exatamente como num mecanismo automático dentro de nós mesmos sempre, do outro lado, ter a moléstia também nos faz progredir.
São lados opostos que se auto-completam, no entanto, como o lado positivo parece ser mostrado em anos binários, ou de acordo com cometas raros, é que se deve à comemoração para lembrança póstuma de acontecimentos como de esclarecimento e ampla visão que alavancam o nosso objetivo enquanto homens, que enxergam em exemplos peculiares e tidos até como mínimos a descoberta mesmo que momentânea, da nossa estada neste estranho mundo. Para os religiosos, a nossa missão nesta passagem terrena. Parece ser nestes momentos raros, porém, únicos e escassos, que encontramos o sentido, e, para alguns, Deus, para outros a tal luz, a resposta do porquê estamos aqui.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Nada é o melhor título!

É engraçado como quando ouvimos uma música, assistimos um filme, pescamos um comentário e sentimos como se fossem feitos e direcionados para nós mesmos em determinadas situações, ou ainda melhor, quando usam pensamentos e valores que batam com os nossos.
Quero em meio a tantas insanidades dar uma linha mais ou menos lógica na coisa toda...
Assisti o filme Na natureza selvagem, com direção do Sean Penn, com uma bela fotografia e uma trilha arrebatadora na voz do galã do Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, (minha banda preferida na adolescência), bom, não farei uma crítica de cinema aqui, só quero aproveitar o link para devanear sobre uns pensamentos... Então para se situarem procurem uma crítica no Google falando sobre.
A idéia base, acredito eu, é a saturação individual da qual este mundo mais miserável que belo, nos proporciona e a maneira de encarar isto.
Quando eu era adolescente (e penso ainda ser) a febre agonizante das dores do mundo me atingiu em cheio... Escrevi no uniforme do colégio com caneta à prova d’água frases impactantes e de efeito, nesta mesma época fui meio-vegetariana por 1 ano e carregava com prazer um discurso pronto sobre a crueldade de se matar animais, sendo que eles eram amigos e não comida todo o blá blá blá que com certeza alguém já deve ter ouvido daqueles tão evoluídos (e os são mesmo) participantes BANDO DO VERDE, que comem com prazer hambúrgueres de soja como se fossem um belo bifão texano.
Com a moda do piercing não era diferente, eu não pude ficar de fora, tive dois e ainda mantenho um, me achava um máximo por tê-los! Na minha cabeça com eles ficava bem mais fácil para as pessoas, me definirem. Eu pensava com eles, ter como escrito na testa: Eu ando PUTA com essa merda de vida! Odeio as pessoas! Vamos falar sobre algo construtivo! Rs! E assim, como todo adolescente eu era insuportável para os meus pais (e para mais pessoas), assim como eles eram para mim. E como a maioria dos adolescentes eu queria ter minha própria identidade, ser diferente, não queria ser igual a ninguém, principalmente visualmente! Tirando tudo que é normal, até comum, e pode ser observado como negativo, quero ressaltar o mais importante, valioso e, talvez, a única lembrança que me faça sentir muita saudade de querer me sentir daquele jeito novamente hoje, que é a sensação de poder fazer tudo, de me dar conta que o mundo é pequeno demais para os meus anseios e não ter medo e nem desesperança quanto às realizações. Não sei se consigo sentir da mesma maneira intensa e radical, e sei que de todo não se esvaiu, mas, penso que se hoje, já um pouco mais madura, com os interesses de vida, a bagagem toda, mais aperfeiçoada e acumulativa somando com a disposição e falta de temor em excesso que eu tinha há anos atrás, tenho quase como absoluto que não sentiria o processo de estagnação que venho passando. Agiria mais, porém, seguiria refletindo de modo a alcançar o total desenvolvimento do processo (ação + pensar em conjunto).
O que eu sempre temi e continuo, é a entrega total e submissa às trevas deste mundo sofrido que habitamos e já me encontro com as canelas atoladas num montante de areia movediça.
Parece que com o tempo ficamos mais fracos e cansados não só de maneira física, mas, sim mental... Pensar nas coisas dá muito trabalho, lutar também e realizar sonhos que não constam no nosso script de vida, que praticamente recebemos com a certidão de nascimento, é mais que trabalhoso, é quase impossível.
Já temos a cartilha pronta, em geral, de como sermos bons filhos e sabemos também identificar os maus, de como estudar, o que estudar, onde estudar, em quantos anos devemos nos formar... Possuir a carteira nacional de habilitação após os 18, sabemos que queremos ter um carro, terminar a faculdade (para os que podem, não necessariamente os que querem e nem os que sabem o que estão fazendo, muito menos os que gostam), no meio disso, após as farras vividas, namorar com alguém bacana, que seja no íntimo e na real como os nossos pais, parafraseando o título da música de Belchior, daí temos que pensar em casar, ter casa e realizar umas outras vontades no meio deste caminho mas, que não são levadas a sério porque o caminho certo já está traçado, e a culpa não é só da cartilha que recebemos e atingem aos mais próximos do nosso ciclo de convivência, existem mais cartilhas produzidas e de alçadas maiores que nós mesmos, para não entrar no redemoinho que é capitalismo, socialismo e tchãnanãs, vamos ficar por aqui. Resumindo: vejo que o rumo natural da vida, é mais uma imposição, melhorando, uma obrigação. A cena de ratos de laboratório em seus tubos transparentes me vem à cabeça agora para ilustrar e justificar como analiso o caminho seguido por nós, generalizando claro, se não, não teríamos Che Guevara, Gandhi, Martin Luther King, Mandela, Beatles e toda a turma.
A cobrança é de todos os lados, se sua mãe não fica te questionando porque é que vc não tira a sua carta de habilitação, o vizinho, o seu amigo que acabou de tira - lá, a sua vó vão perguntar e, comentar depois talvez, o quão absurdo é vc ainda não possuí-la...
E quando os anos mais difíceis da adolescência parecem passar, o que percebo é que no geral, as pessoas querem ser cada vez mais parecidas umas com as outras, mantendo uma política conservadoríssima no estilo de vida, como se já tivéssemos cronologicamente a idéia e vivência dos mais velhos.
Sempre quis e continuo desejando ser alguém diferente e que possa fazer ao meu modo, tendo que sucumbir a minha verdadeira essência às vezes, por não enxergar ainda outra entrada, transformações benéficas no pedaço e insignificante talvez, espaço que ocupo.
Ver filmes como Na natureza selvagem, Edukators, Minha vida sem mim são reconfortantes porque me remetem a vontades e sonhos que não foram impostos, são livres e mais do que isso, não me deixam esquecê-los. Aprovadíssimo!
O mais duro é fazermos descobertas por nós mesmos, mas, acredito que nada é mais libertador fazendo ponte para o auto-conhecimento e transformação.