EPOPÉIA NO BUSÃO!

Data:Thu, 28 Feb 2008 03:59:46 -0300 (ART)
De:"Nathália"
Assunto:Descaso na Linha 150, passageiros com caras de palhaços!
Para:santapaula@terra.com.br

Minha saga com este ônibus é antiga, sou passageira há quase 7 anos. Estudei na ETE durante 3 anos, fiz cursinho no antigo Objetivo na Rua Major Carlo Dell Prete, trabalhei na Faculdade de Engenharia Mauá e nos últimos dois anos faço faculdade em Santo André sendo esta, infelizmente, a minha única opção! E mostro todo este histórico para provar que uso há um bom tempo o mesmo.
O que é mais engraçado é que nestes anos todos só vi a situação dos carros que compõem a frota que fazem esta linha decaírem.
O estado e manutenção dos carros é uma piada, eu mesma já presenciei o Fiscal do período da tarde que fica na Praça Mauá usar de macetes para fazer o carro pegar/funcionar outra vez, e já que o citei, é bom lembrar que ele esquece a educação em casa quando vai ao trabalho, porque diversas vezes eu já o questionei sobre horário dos ônibus e nem abrir a boca para falar e muito menos olhar-me ele o fez!
Diferentemente dos motoristas que compõem a linha, (salvo exceções), são eles todos educados com os passageiros.
Educação e gentileza estas da qual não vejo motivo para ser, porque um motorista que trabalha com ferramenta de trabalho falha, deveria boicotar e com todo o meu apoio, suas tarefas, o que INFELIZMENTE não acontece da parte dos motoristas da linha 150!
Vou citar dois casos acontecidos comigo esta semana.
Segunda-feira dia 25 de fevereiro de 2008, saio da minha casa e chego ao ponto 17:20h., para esperar o ônibus que supostamente passaria às 17:30h., o que não aconteceu, vi um carro da Linha cortando caminho vindo como Especial exatamente ao mesmo tempo que o ônibus das 18:00h. chegava ao meu ponto. Este, já no primeiro ponto da Orfanato cheio, quando exatamente no primeiro ponto da Ibitirama o motorista não pára mais para nenhum passageiro entrar, somente descer. Por ser horário de pico, é bom ressaltar que várias pessoas, várias, foram prejudicadas, os que conseguiram entrar no ônibus muito que bem, os que não, ficaram exatamente esperando o tempo de 3 ônibus, e sabemos que a linha é longa, mais ou menos 1 hora e meia de espera. Eu sai da minha casa com 2h. de antecedência já com margem para imprevistos e cheguei na minha faculdade 19:40h., justamente por causa do caos que está a linha 150! Nesta viagem foram quase o dobro do que julgo eu permitido porque está datado e informando no interior dos micros, a capacidade de passageiros sentados é 29 e em pé 20, vocês melhor do que eu devem saber disto, porém, como vocês também esqueceram esta linha, eu faço com prazer e vontade relembrá-los. Sei que vocês recebem um relatório diário de número de passageiros, e foi contabilizado neste dia 75 passageiros só nesta viagem de ida até São Caetano.
Agora eu pergunto à vocês, como fica a segurança dos mesmos e do funcionário de vocês que está ali responsável por 75 vidas?
Caso alguma fatalidade aconteça, seja ela contra terceiros ou com os próprios passageiros, quem arca é o motorista, funcionário da Viação Santa Paula e sabemos muito bem disto!
Eu gostaria que caso pareça demasiado dramática esta minha pergunta, que vocês façam um teste com o carro parado ai mesmo na garagem, coloquem 75 pessoas e guiem o carro de maneira segura, confortável, com visibilidade. Isto para mim, é exploração trabalhista, porque vocês cortam gastos pagando um funcionário para fazer duas funções, o beabá que é passado nos treinamentos e, se é que é passado, é de que o motorista não deve cobrar com o carro em movimento, e o que ele faz? Uma viagem com duração de 2h. só a ida ou só a volta?
Até as antigas "lotações" regularizadas pela Marta Suplicy (que são micro-ônibus) têm cobradores.
Continuando... Na terça-feira dia 26, eu liguei para Santa Paula e fui muito bem atendida pelo Jorge, contei o acontecido e ele prometeu-me mudanças, porém, no mesmo horário desta mesma terça-feira, eu cheguei ao meu ponto no horário de costume, 17:20h., e o mesmo aconteceu, o ônibus que eu pegaria às 17:30h. passou, mas, como Especial porque segundo boatos estava com problemas na catraca, o resto da história se repetiu como na segunda-feira.
Liguei na quarta-feira novamente diretamente no telefone deste funcionário, o Jorge, que novamente me atendeu muito bem, re-contei (porque era o mesmo caso do dia anterior) e li o e-mail que mandei para EMTU, e será reforçado com uma carta que eu faço questão de mandar e re-mandar até obter resposta satisfatória.
Obtive informações concretas, de que os micros que rodam na Linha 150 eram de turismo e não são carros destinados a fazerem este tipo de trabalho e itinerário com incessante uso, daí já posso obter uma resposta do porque tantos problemas mecânicos e porque tantos carros quebrando, acho que vocês não me confirmarão, porém, nem tentem negar!
Sei também que existe um quase monopólio da Santa Paula, Vipe, Tucuruvi, Safira enfim, que são do mesmo dono dentro de São Caetano e que carros novos, grandes e micros, foram comprados e nenhum deles chegaram até a Terra de Ninguém que é a Linha 150! Vocês a mantêem e não dão espaço à outra empresa que invista somente pelo monopólio, não?
Ouvi de funcionários, que é porque a linha não é lucrativa, por isso o descaso. Então, faço mais uma pergunta.
A Santa Paula, seu dono, os responsáveis, mantêem esta linha por caridade, assistencialismo, (aproveitando a moda marcante do governo Lula) para obterem abatimento no imposto de renda, é isto?!
Porque houve aumento de 0,10 centavos na passagem e, já que a linha é mantida por caridade não deveria subir o valor.
Quero assegura-lhes de que a minha reivindicação não termina por aqui, farei o máximo para divulgar o descaso que acontece todos os dias e não somente comigo nesta linha! Aguardo ansiosa uma resposta deste e-mail e também uma outra mais palpável, que se refere à melhoria geral na linha!

Afinal, fiz questão de ler a Legislação do Transporte Metropolitano e a Santa Paula não cumpre inteiramente uma das leis e seus incisos vide, Lei Nº 10.294, de 20 de abril de 1999:


CAPÍTULO II
Dos Direitos dos Usuários
Seção I Dos Direitos Básicos
Artigo 3º - São direitos básicos do usuário:
I - a informação;
II - a qualidade na prestação do serviço;

A qualidade na prestação do serviço acredito ter sido comentada até agora.
O número de telefone da Santa Paula mudou e nada foi alterado dentro dos carros, além de não informar algum endereço eletrônico.
As informações do Bom Escolar deveriam ser mais claras e objetivas se tratando da revalidação, mas, esta será uma crítica feita à EMTU que trata deste assunto, porém isto deveria partir dos administradores de TODAS as garagens que fazem parte do sistema Intermunicipal!

Discrente com absurdos como este.
Sinceramente,


Nathália.

Re-mandei essa merda de e-mail ontem de madrugada.
Semana retrasada o caralho da carroça do micro-ônibus veio tão cheio que na porta eu fiquei, quando esvaziou, tirei uma folha, peguei uma caneta, escrevi uma carta dentro do ônibus com meu nome completo e telefone, dobrei o papel e complementei: VALE R$2,40, não paguei a passagem e entreguei a carta no lugar!

E VIVA O MOVIMENTO PASSE LIVRE, À REVOLTA DA CATRACA!!!
TRANSPORTE PÚBLICO NA FAIXA GALERA, É DISSO QUE PRECISAMOS!

Um blá blá blá sobre educação no Brasil.

Toda segunda-feira é um pé no saco, convenhamos. Então, ontem, pensei em sair de casa mais cedo para não exorcizar meus Demônios dentro do ônibus e cuidar mais do meu coração, exercitar minha tolerância, sair sem pressa e ter um dia tranqüilo!
Cheguei ao Porão Emissor de Diplomas (mais comumente conhecido como FACULDADE) com uns bons minutos de antecedência.

Lembrei ter uma reunião com outros estudantes para eleições discentes que ocorrerão por estes dias (isto vale um post também), fui ao encontro deles e conversamos.

Estava já atrasada para a primeira aula, porque a conversa durou mais que o esperado. Subi ao pedaçinho do céu do Porão, onde fica a minha “sala”.No meio do caminho já fiquei sabendo que o horário havia mudado e o professor que deveria nos dar aula não estava presente no recinto acadêmico e sendo assim, teríamos aula vaga, porque professores substitutos não existem no Centro UniversiOtário Afunda$ão Santo André !
Como ontem estava realmente disposta a não me estressar, fingi que nada aconteceu e que este era um acontecimento atípico naquele Inferno de lugar.
O tempo estava molhado, tanto de dia quanto à noite, mesmo assim sugeri uma ida até o bar. Todavia, não é um bar comum, é o bar no qual freqüentamos, só faltam as cadeiras terem os nossos nomes gravados! Aconchegante bar com pista de bocha, que não tenho visitado com a freqüência que gostaria, ou, com a mesma do ano passado, lá quase todas às vezes sinto que minha vida e pensamentos progridem em meio a copos de cerveja, pinga com mel e conversas fervorosas e produtivas, mais do que se estivesse brincando de "escolhinha" no Porão.
O bar estava fechado. Inédito.

Mas, nem percebi os sinais de que o pior estava pra acontecer, não os enxerguei. Fomos ao bar da frente sem titubear e sem muitos comentários sobre o outro estar fechado, sentamos, compramos cerveja, começamos o papo, muita fumaça de cigarro, ficamos assim por quase 1hora e meia até voltarmos para a segunda aula.
Todos já sabiam de quem e de quê, seria a aula...
Direito Internacional com uma talzinha ai!
Até então eu mantinha a minha raiva controlada, meu ódio na coleira e minha baba dentro da boca, ouvindo uma historinha bem longe sobre a nossa Constituição ser moderna pros padrões mundiais e baseada na Constituição Francesa e blá blá blá...
Falou sobre os primeiros quatro artigos da Constituição, que são interligados e mais blá blá blá... Dizendo que o primeiro garante os Princípios Fundamentais do nosso país e dos seus nativos.

Os Princípios Fundamentais

Artigo 1º

I- A soberania;
II- A cidadania;
III- A Dignidade da pessoa humana;
IV- Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V- O pluralismo político.


Bom, este ai é o artigo no qual segundo a Talzinha está baseada a formação de toda a nossa Constituição que é uma cópia da Francesa. Ok.
Até ai algum problema para vocês? (Além da minha chata maneira de escrever e forma de contar um causo claro). Não?!Rs... Bom! Continuemos...
A humildade passou bem longe da Tal, e é justamente por este motivo que a chamarei assim até o final deste post, porque ela é só mais um número morto, não contribuindo para nada, só para a manutenção da ignorância neste país!
Como ela necessita se auto-afirmar, ela é bem posuda e do tipo de professora UniversiOtária que acredita piamente na hierarquia e faz de tudo para conservar isto, agindo deste modo -------> Já nos dá boa noite em forma de desprezo, perguntando se lembrávamos que aprendemos Divisão de Poderes: Legislativo, Judiciário e Executivo na 3ª série do Fundamental, porque a filha dela está vendo isto, e ela como Advogada deve estar muito feliz!!! =)

A pergunta é só uma: onde a filha dela estuda? (Porque com toda certeza ela não faz parte e nem fará dos quase 64% dos trabalhadores do BR que não têm nem o 1ºgrau completo, e não depende do ensino público e universal de ÓTIMA QUALIDADE oferecido pelo governo do nosso Presidente da República que é analfabeto funcional, não sabe discursar e afirmou e afirma que para ser Presidente da República não é necessário estudar).

A Tal começou a afirmar usando a força de todo sangue em circulação na sua Cabeçinha de Bagre que sem Livre Iniciativa não há dignidade humana, porque afinal sem trabalho, o Homem não tem renda, sem renda ele não consome, sem consumir, ele está à margem da sociedade, (lembrando porém que, numa distância maior do que a que ele já ocupava) ou seja, a dignidade dele está no ralo como os buracos sem fim, que não acabam mais e dão na China!

Sim, é uma verdade, no sistema em que vivemos isto é infelizmente, uma verdade.

A segunda das muitas pérolas foi que desenvolvimento nacional é só econômico, e para nós NÃO nos iludirmos, pois o Brasil é sim, um país capitalista!

Jura Prôôôô?

Iniciou-se então o processo de não refreamento e toda a crença e fanatismo pelo sistema capitalista veio abaixo, ela não se conteve e esqueceu que deveria ter um papel mais neutro possível e demonstrou todo o seu “nojinho” aos pobres.

O caso foi que, logo após dizer que os DESIGUAIS devem ser tratados como DESIGUAIS (e sim, estou totalmente de acordo), foi levantado o exemplo usual de um ladrão de galinhas e um estelionatário, (ou um ladrão espertalhão do mesmo naipe), eles tem julgamentos iguais, chegando até, em outros casos, serem condenados à mesma pena, sendo que as razões e circunstâncias são diferentes. O que deixa claro que a justiça funciona e chega até ser filosófica no papel, nos seus parágrafos e incisos, só que no duro, na vida real, as coisas não funcionam assim e sabemos disto, menos ELA, a Tal.

Ela disse que eles devem ter o mesmo tratamento e a mesma pena, porque crime é crime e não interessa seu histórico de vida e nem os motivos que levaram e levam qualquer um a cometer um ato falho e até criminal, contradizendo todo o discurso bonitinho e baseado nos critérios da Revolução Francesa que até então tinha saído da sua boca prepotente.
Levantado isto e depois de muitas colocações da parte de alguns alunos em sala em protesto a tamanho absurdo e preconceito, a Mestra saiu do armário e mostrou a verdadeira máscara de Reacionária no seu direito, glorificando o assistencialismo dizendo que passa fome quem quer! Porque na cidade na qual ela vive, a Assistência Social doa cestas básicas aos necessitados e excluídos, não participantes da livre iniciativa que ela tanto AMA e não justificam um erro com outro, não roubam para sobreviver, e já que o Estado não garante o princípio fundamental da dignidade humana, não se pode justificar essa defasagem com um crime, porque é um CRIME e ponto final.

E então, ao invés de mais empregos serem criados, cestas básicas são compradas e solucionado o problema está.

Sei e concordo com o meu querido amigo Karl Marx (que Jah Rastafári o tenha) que trabalho causa alienação e temos exemplos disto vivos hoje e teremos sempre,(faça um teste conversando com alguém que trabalhe numa linha de produção de uma montadora, de preferência com mais de 40 anos. No churras de família, batizado do sobrinho, aniversário da molecada, ele se achegará ao compadre e lá vai histórias e mais histórias de GM, Volks... "Porque o cabra da peste que trabalha com ele sai e deixa a linha atrasar"."Porque o pagamento este mês veio faltando umas horinhas extras que ele ficou lá enchendo lingüiça e blá blá blá!") porém, enquanto minha Segunda Guerrilha Che Guevara não termina seu treinamento, vivemos num sistema excludente e infame, o mínimo, já que é de CONSUMO que falamos, é dar a oportunidade de consumo a estas pessoas.
Aiii Grande ABC, deveria dar esta receita tão funcional de como levar seu Exército de Reserva para o mundo, já que a Prefeitura de S.B.C. realiza um trabalho tão funcional, segundo a Mestra Girafales!
Para arrematar e tentar terminar com a nossa discussão que depois disso só nos deu vontade de prosseguir, ela disse que Direito e Sociologia não andam juntos e que esta era uma discussão que não deveriam ser tida ali, naquela aula. E eu arrebatei com a seguinte pergunta (que claro não foi respondida), LEIS são feitas para quem? PEDRAS, ANIMAIS, (não que nós não sejamos)? ...

Então a sociologia que é a ciência que estuda o ser humano e seu comportamento em diversos aspectos não se mistura, é, totalmente incompatível às pessoas que devem seguir, cumprir, as leis do DIREITO.

Quem garante que depois da sua ODE AOS POBRES ESPERTALHÕES, a nossa Mestra Girafales não plantou ou, ativou o crescimento da sementinha divisionária relativa à BUFUNFA de cada um, aos que nunca pensaram da mesma maneira que a Mestra? Trocando em miúdos, ajudando aos que são individualistas e querem mais que o MUNDO EXPLODA desde que não os incluam, seus amigos e família a terem mais uma desculpinha esfarrapada no caderninho de que eu tenho porque batalhei e quem não tem é porque não se esforçou, ou seja, POBRE É POBRE PORQUE QUER. E VIVA O CAPITALISMO! VAMOS MATAR IRAQUIANOS PARA ANDARMOS DE CARRO!


Jogando limpo, lei e blá blá blá é mais um instrumento de dominação a nós bobinhos da situação ou há alguma dúvida disto?! Há dúvidas sobre as leis, a atuação da polícia, do governo, da igreja?! Lá vai o velho clichezão revolucionário: TODOS ELES SÃO INSTITUIÇÕES FALIDAS. Não funcionam mais e a cada dia se saturam!

Essa história toda sem fim, é um gancho para uma expansão para comentar o ensino no Brasil.

Não existe ensino laico, nem no Brasil e nem em lugar algum deste Globo no qual ocupamos. É ilusão acreditar nisto também, tenta-se, mas, a meu ver é quase impossível. Por quê?

Um dos porquês não tão científico, nada baseado em teses de grandes pensadores, é uma teoria observatória minha.Cada um de nós, seres humanos, temos nossas preferências, em vários campos e quesitos, aplicando-se também ao que diz respeito ao intelecto. Mesmo depois de formados e blá blá blá, aprendemos cada vez mais (ou deveríamos) a seguir uma linha, sendo ela própria ou copiada, adotamos um autor, um orador, um professor, um pesquisador dos quais dentre alguns que se conhece, um que se destaque, que caia nas nossas graças por alguma razão.
Ai está o porque de tal professor em certa época da sua vida escolher tal livro, tal texto, porque deve e é claro, ser condizente ao tema, porém, ele não conhece todos os autores do mundo que escreveram sobre, por isso, adota um, ou mais de um.

A questão é já que ensino laico é inexistente, os profissionais (mais especificamente), os “educadores”, os professores e todos que exercitam funções pragmáticas acadêmicas deveriam buscar ao máximo a neutralidade no momento de transmitir informações, porque o caso é que estes tais citados acima, são muitas vezes para quem necessita de grade de aula para o desenvolvimento de idéias em certos assuntos os primeiros a serem atingidos e suscetíveis a esta mesma ausência de neutralidade, tornando-se assim, o subproduto de tal professor, de tal pensador e nada novo se cria e por quê?

Porque estes alunos, não estão acostumados a pensarem sozinhos. Porque tiveram uma dose mais do que necessária tendenciosa de quem os ensina.
Porque não sabem dos dois lados da moeda para tirarem suas próprias conclusões, porque o poder de conclusão já foi decidido por quem os orienta.

Atitudes como estas são nocivas aos alunos, principalmente no Brasil, na época que estamos que é, a ERA das Revoluções Tecnológicas constantes, na qual presenciamos há alguns anos já. As informações são muitas e não sabemos o que fazer com elas. Porque o erro vem desde o início da vida acadêmica, a começar pela idade tardia que principiamos 7 anos de idade, no Equador, inicia-se com 5, e não é nenhum exemplo modelo europeu de desenvolvimento.
Assim vai se levando até o colégio, passa-se pelo vestibular, (na verdade só que os podem) participando mais uma vez de um processo excludente do modelo capitalista e falível.

Qualé a do vestibular minha gente?
Bom, repetirei a resposta mais linda que já ouvi na vida!
Já que o governo não tem dinheiro pra manter e construir universidades e, elas comem uma boa grana, do total voltado pra educação 70% vai para as faculdades públicas em geral e seus cargos comissionados, superfaturamento de obras, matérias e blá blá blá, o que os espertalhões do alto- escalão inventaram?
O VESTIBULAR!
O VESTIBULAR MATADÔ, melhor dizendo!
Olha a justificativa: Oh Mané, você ai! Você mesmo! Vem cá, tu não passou no vestiba, porque tu é burrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrroooo, não é porque num tem vaga não, é porque tu é incompetente mermu!
Com esta explicação bela, o governo federal se isenta de qualquer culpa. Existem faculdades públicas sim, os alunos incompetentes é que não conseguiram passar.
Porque a incompetência?
Só porque existem alunos que chegam na 5ª, 6ª, 7ª série e não sabem escrever. E não estou subestimando o pobRema não, existem pessoas que estão no 2ºano do ensino superior junto comigo e não sabem escrever palavras básicas, ficam na dúvida e com poBremas para se expressarem verbalmente.
A nossa burrice tem um histórico e visivelmente danificado pelos poderosos de agora, da volta da “democracia”, de antes, dos coronéis, senhores de engenho, da elite filha da puta e aproveitadora portuguesa.

O que toda esta defasagem causa?

Fez e continua fazendo, gerações de robôs humanos, pessoas programadas e individualistas, pessoas que não questionam, que não sabem aproveitar quando há oportunidade no espaço acadêmico para debate, para sugar alguma coisa de útil e proveitosa.

Estamos numa estagnação mundial de revoluções duradouras desde a década de 90, a tão falada geração da sociedade de consumo entre 70 e 80 foi a nossa última lembrança. Os estudantes não têm mais a mesma força e, antes instituições de luta e respeito já entraram para brincar de Índio e se dizem lutadores estudantis e trabalhistas, essa lengalenga de UNE, de Movimento das Feministas Carecas com Pêlo no Subaco, Estudantes pela VALE é NOSSA é tudo marketing pessoal pra pegar a Gostosinha Bicho-Grilo ou o Barbudão que acredita nessa pose, mas, passam férias confortáveis no frio nos Andes Chilenos e têm fuscas por acreditarem ser anti-capitalista. Os movimentos são movimentos mesmo, têm um breve fim. Ainda mais no Brasil, com o histórico curto de Insurreições do povo.
Faz com que nosso país seja agro-expotador desde 1900 e bolinha e não tenha mudado ainda este perfil, assim como as lutas.
Faz com que tenhamos que importar tecnologia porque não abrem espaço para pesquisa e desenvolvimento tecnológico aqui, não há verbas para este tipo de luxo, só para o mensalão.
Faz com que jovens com seus diplomas se sujeitem a trabalhos escravos com carga horária excessiva fora do país, porque não conseguem emprego aqui.
Torna-nos mais dependentes dos países centrais e nós nos mantemos no extremo dos extremos da periferia.

E mais um monte de blá blá blá de motivos.


Sem educação nada será mudado!

Índice baixo de analfabetismo não quer dizer nada, estes indicadores são só números assim como as leis (com seus parágrafos de numerção romana chata).

Educação visando neutralidade na transmissão!

Precisamos de cabeças pensantes ambulantes e independentes, com opiniões póprias e fundamentadas.

Nascidos em Bordéis

Nascidos em Bordéis é um documentário Indiano/Estadunidense de 2004. Mostra o dia-dia de crianças Indianas que moram no Distrito da Luz Vermelha em Calcutá, na verdade um submundo, um lugar a parte. A documentarista que é fotógrafa também, dá aula de como manusear uma câmera e tirar boas fotos à oito crianças que vivem nos Bordéis.O filme é realmente uma obra-prima, e não é o primeiro do tipo, filmagens amadoras e independentes, usando personagens reais, mais especificamente, crianças como Promessas de um Novo Mundo que segue a mesma linha, citando o conflito entre Israelenses e Palestinos, lançado em 2001 vai pelo mesmo caminho. É Memorável! Diferente de Bordéis foi indicado, porém, não venceu o Oscar (bela róba hein)!Realmente o filme faz chorar e querer a autopunição/flagelamento imediato do corpo. Faz um desejar pulsante da abdicação deste sistema excluso que vivemos no Ocidente. Crianças com futuros certos e pré-destinados, crianças que sofrem humilhações todos os dias. De gerações de Prostitutas, frutos dessa mesma forma de trabalho, e quiçá, mantenedoras da mesma.Crianças adultas, já expulsas da tal sociedade decente e tradicional, antes mesmo de se darem conta disto!Que para serem aceitas em internatos(no caso, em escolas melhores) não podem ser Soro Positivas, mesmo, com antecessoras que se prostituem.Crianças que cedem o pequeno espaço utilizado do quarto conjunto do cortiço, para a mãe poder "trabalhar". Mãe esta sofrida, e nada atraente, nada de PUTAS de LUXO no Distrito da Luz Vermelha, nada de maquiagem, nada de corpo protuberante, e sim, dor, só dor. Só sustento e luta pela sobrevivência. Quando as crianças estão fotografando, a vida parece ser melhor, acredito que é pelo simples motivo de estarem preparadas para aquilo usarem suas cucas, e por gostarem, por verem futuro naquele fazer. As crianças em momento algum desfocam a retratação da miséria, buscando fuga em, por exemplo, fotografar o céu, ou a beleza clara e nítida. Não. Eles extraem beleza do sujo, do perverso, acham cores e ângulos que tentam amenizar a sofreguidão mostrando a realidade. O absurdo e desumano já é parte viva na realidade das crianças, não há relutância no (já) caminho traçado, porém, o verde claro de esperança de dias melhores vive como sonhos bem distantes, inalcançáveis e talvez até inatingíveis!A história de vida de todas as crianças impressiona, mas, acredito que a do garoto Avijit seja a mais perturbadora. Ele tira as melhores fotos, (analisando uma série de fatores ligados à fotografia) e, além disso, tem uma sensibilidade única na hora de apertar o botão!Mora com os avós, o pai é viciado em haxixe e virou um inválido, a mãe é prostituta e separou-se do pai quando Avijit ainda era pequeno(na verdade, mais novo do que já é, ele deve ter uns 12 anos no máximo), morando em outro discriminado e marginalizado bairro distante do Distrito da Luz Vermelha. Ela morre queimada em sua própria casa (quarto), assassinada por um cliente e não há investigação sobre o caso. Isso faz com que Avijit, (que será mandado a um Encontro de Fotógrafos Mirins com crianças do mundo todo em Amsterdã), não trabalhe mais fotografando, encontrando-se perdido pela morte da mãe durante um tempo, por fim ele se recupera e vai para Amsterdã, voltando à Calcutá para um internato americano. Esta é a chave de todo o filme a meu ver, um garoto Oriental, indo para o Ocidente num país totalmente desenvolvido na Europa, patinando no gelo, sendo feliz com todo o desenvolvimento e progresso capitalista, por momentos você (telespectadô) deseja que ele nunca mais retorne à sua terra natal. Pois, sim, ele volta. Sabe-se que ele voltaria, mas, desejamos um milagre no meio do documentário!
Deseja-se que ele possa ter acesso a uma vida normal, que lhe é de direito. E por este lado chega-se até a vangloriar e positivar o sistema capitalista. E este é realmente o ponto, ele vive no capitalismo, porém do lado pobre, o lado rico, é sempre muito bem garantido e beneficiado, e o Avijit é o reflexo da margem da sociedade, dos que são explorados, porém estão, estarão e estiveram à mercê do tão famoso e velho determinismo social em função do conforto, progresso e bem-estar de outros poucos!Mesmo com o crescimento econômico efetivo da Índia nos últimos tempos, a parte do bolo não tem chegado aos "marginais" do país, e acredito não chegar tão cedo. A Teoria do Bolo de Delfim Neto parece não funcionar na Índia também. O mais podre é vê-lo feliz num país que o acolhe bem, mas, que por outro lado, têm dirigentes governamentais do mundo todo, que o exploram de maneira bem mais direta, sentida na pele dele e de todos os outros como ele em questão.
Que talvez, se ele não fosse para uma "temporada cultural” e sim, como imigrante procurando refúgio de um país em guerra, por melhores condições de vida, em busca de emprego, não fosse tão bem recebido!
É bonito, bacana, descolado, bem visto mostrar a integração de pessoas de vários lugares do mundo superficialmente num ato sócio-cultural, o que não vira é acreditar em assistencialismo, porque o problema é de raiz. Quantos fotógrafos, médicos, escritores não perdemos todos os dias? Quantos deles os são por natureza e, não têm a possibilidade de saber? A integração vai muito além, precisamos globalizar as cabeças, a moeda, de uma maneira mais integrada e profunda. A infelicidade de Avijit, das outras crianças Indianas, Palestinas, Africanas, (e não menos importantes) os nossos subnutridos do Norte e Nordeste, os nossos meninos de rua do Sudeste, os NOSSOS cheiradores de cola do Viaduto do Chá e usuários de crack da Cracolândia são produtos NOSSOS, de TODOS nós, aqui e no resto do MUNDO!!! Ou da inércia de não participação, ou, pelo egoísmo de agir e apitar visando o bel-prazer de um grupo de pessoas!Indispensável na bagagem de filmes de una persona!